meio ambiente

AS CONTROVÉRSIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL

Aumento global das temperaturas, chuvas e enchentes fora de época são fenômenos atuais que podem ser causados pelas ações do homem - as chamadas causas antropogênicas - ou por causas naturais. As opiniões ainda se dividem, embora, atualmente, muitos meteorologistas e alguns climatologistas tenham afirmado publicamente que consideram provado que a ação do homem está influenciando a existência desse fenômeno.

A outra corrente, menos alarmista, é aquela que acredita que o aquecimento global é um fenômeno natural. O aquecimento registrado no século XX era um fenômeno tão natural como o Período Quente Medieval, entre os séculos IX e XII, quando as temperaturas no Hemisfério Norte eram de 1 a 2º C superiores às atuais, e a pequena Idade do Gelo, entre os séculos XVII e XIX, mais fria e da qual o aquecimento registrado no século XX parece não ser mais que uma recuperação.

Estes períodos são bem conhecidos pelos paleoclimatologistas que estudaram a história climática do planeta. " Em face á importância do tema para o futuro do planeta Terra, creio que todas as correntes e possibilidades devam ser exaus tivamente avaliadas no sentido de que, quando a humanidade definir seus planos e traçar suas metas de desenvolvimento, os façam com o maior embasamento científico possível, e da maneira menos prejudicila ao planeta, onde deverão viver nossos descendentes", comenta o consultor da FINEP Gilberto Alves da Silva.

Em qualquer lugar do mundo, numa área específica, a alteração pode ser basicamente de 10 ou 15 graus, para cima ou para baixo. sabemos, por exemplo, que o El Niño ocorre agora com mais frequência - antes, aparecia a cada 20 anos; agora, esse intervalo já baixou para quase 5 anos.

Todas estas características já podem ser vistas em muitas partes do planeta, inclusive no Brasil, por exemplo, com o aumento da quantidade de chuva nas regiões Sul e Sudeste nos últimos 10 anos.

O aumento da intensidade desses fenômenos naturais está relacionado com o fato de o planeta estar mais quente. "Alguns modelos de estudos climáticos preveem que as chuvas devem começar a diminuir na Amazônia, quando se projeta um índice de desmatamento em torno de 40% ou 50%. mesmo que a quantidade de chuvas totais não mude, a distribuição delas na Bacia Amazõnica alterará bastante", comenta o pesquisador do INPA, Antonio Ocimar Manzi. 

Fonte: Revista Conhecimento Prático Geografia, ed.30.out/2009, págs.56-57. 

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