O silêncio e as Eleições

Como bom ambientalista que sou, resolvi viajar de ônibus hoje (eufemismo para quem não tem dinheiro para comprar um carro!!) e, como todo transporte coletivo que se prese (na visão capitalista)não tinha vaga nem para ficar em pé. Eis então, que uma senhora, acompanhada de uma outra mulher um pouco mais nova e com uma criança de colo, deram com a mão na estrada.

Ver aquela cena me causou repulsa. Como pode pessoas jovens, saudáveis não se compadecer daquela situação: Uma senhora já de idade avançada tendo de viajar em pé!


Antes de bater no motorista e no cobrador por ainda permitir que ouras pessoas fossem adentrando aquele veiculo, já lotado, pensei: A eleições!

Depois desse pensamento, eu é que fiquei com vontade de baterem mim mesmo. Que diabos tem haver excesso de passageiro com eleição?

E não é que tem relação!!!!

O transporte de passageiro é uma concessão publica. Ou seja, para aquele veículo transitar carregando passageiros é preciso ter autorização;

Quem autoriza é o departamento de transito, seguindo as deliberações do Poder Executivo que, concede liberaçõe segundo seus critérios e muitas vezes, vontade.

E adivinhem só! Ambos deveriam fiscalizar para que a população fosse atendida em sua plenitude, no seu direito de ir e vim. Porem, para que nosso sistema politico "funcione bem" nenhuma dessas entidades cumprem seu papel, afinal, ninguém deseja que o apoio politico não seja comprometido.

Assim,

• Já que não podemos bater no motorista e no cobrador, por que são meros escravo desse força, chamado "Patrão";
•  Já que não adianta explicar para a senhora de idade ou para a lactante que elas tem acento reservado, uma vez que o "sentante" também é pagante, portanto possuidor de direito;
• Já que não adianta torce os dedos, na expectativa que uma policia de transito apareça para constatar aquele abuso; ou
• Já que viverei mais cem anos e ainda terei políticos e autoridades legislando em causa própria;

Só resta então fazer-me de cego, de surdo e de mudo para ver se meu silêncio incomoda alguém mais, alem de mim mesmo.