Tolos deste Brasil, acalmai-vos. O meio Ambiente já não é propriedade de todos. Senhores ambientalistas, será que vocês não possuem dignidades? Será que não conseguem ter um mínimo de amor próprio? Já tivemos um Salvador! Qual é o fim de todos os “justos”? Revisemos a História, hoje, todos são estátuas em praças abandonadas.
Começo esta crônica mostrando que os ambientalistas estão errados. Aqueles que defendem o meio ambiente formam um bando de “baderneiros” que estão maculando a ordem estabelecida pelo poder que emana do povo – nossos ‘governantes’. O importante e o status quo e o interessante é o crescimento do país, queremos ser primeiro mundo com os mesmos vícios destes.
Eis os números e fatos eu corroboram o exposto acima:
Somente no Pará, nas últimas quatro décadas, mais de 800 pessoas perderam a vida em crimes cometidos no campo, segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra). De todos esses casos, apenas 18 foram a julgamento. Oito pessoas foram condenadas, e somente uma cumpre pena. Ente “os bestas”: o seringueiro Chico Mendes, morto a tiros em casa em 1988, no município de Xapuri, no Acre, os 19 sem-terra brutalmente assassinados pela Polícia Militar do Pará em 1996, no mundialmente conhecido massacre de Eldorado dos Carajás, a missionária americana Dorothy Stang, morta a tiros em 2005 na cidade de Anapu, também no Pará. Foi assim agora, com José, que tinha 54 anos, e Maria, de 53, baleados na manhã de terça em uma estrada na zona rural de Nova Ipixuna.
O Pará é o estado que lidera as estatísticas. Em 2010 foram registradas 18 mortes, mais que a metade do total relativo ao Brasil inteiro. O cenário é o mesmo quando se consideram os dados da Ouvidoria Agrária Nacional, do Ministério do Desenvolvimento Agrário: o levantamento apontou 63 homicídios no campo entre janeiro e dezembro de 2010, sendo 11 deles decorrentes de conflitos agrários. Destes 11, o Pará foi o palco de sete.
A reforma agrária não é prioridade, mexer na concentração da terra não é uma política prioritária por parte do governo, e outro fator é o atual modelo econômico imposto para a Amazônia e para o campo brasileiro, que privilegia o agronegócio, o setor madeireiro e de mineração.
OS AMBIENTALISTAS E OS DEFENSORES QUE ESTAO ERRADOS?
Sim. E estão errados por diversas maneiras:
Ninguém está preocupado com o futuro do planeta a não ser os poucos ambientalistas que ainda não foram assassinados.
Quatro ambientalistas (que na verdade eram apenas pessoas que queriam explorar a floresta sem ter que derrubar as árvores) foram mortos apenas na semana passada e nada foi feito. E a imprensa apenas noticiou o fato. Mas no caso do “Casamento Real” parou toda programação e mais recentemente (para não dizer os quatro últimos dias) colocou como furo de reportagem em “quase” todos os canais a prisão de Pimenta Neves.
As pessoas até choram e se comovem quando ouvem noticias de assassinatos de ambientalistas, mas como se ouve “Hotel Ruanda” continuam deliciando seus jantares.
Nada é feito para acabar com esses assassinatos. O máximo que dizem é:
§ “A policia já tem indícios de quem foram os mandantes”;
§ “A Presidência convocou uma reunião de emergência para discutir o assunto”;
§ “Será criada uma força tarefa para analisar o caso”;
§ “O Ministério Público vai dar atenção especial a essa denúncia”
Santa hipocrisia. O importante é falar o que todos querem ouvir. Não resolver o problema de verdade
Todos sabemos quem são e o que fazem. Mas nada é, efetivamente, feito.
As pessoas não se importam realmente. Se não fosse assim não existiria tanta impunidade. Basta lembrar que a imprensa elege um crime “importante” no dia seguinte já se tem o criminoso. Basta relembrar o assassinato do filho de Ciça Guimaraes, entre tantos outros!
Nossa luta é perdida?
Estamos fazendo “papel de besta”?
Somente “nós” lutamos pelo o que achamos que é correto – conservar nosso ambiente. Os outros, porém, só querem ficar na “zona de conforto” sem se importar com o preço que todos pagaremos.
Devemos, então, desistir de luta? Jamais irei calar minha voz! Eu apenas cansei de “fazer papel de besta”
Virei todos detonarem nosso planeta, através desse consumismo imbecil e dessa busca pelo fútil e esperarei até não restar mais nada para ser destruído, nada para ser poluído, nada para se sustentar. Quem sabe chegando ao fim do poço, comecemos a vir à tona, como a fênix que só se renova se transformando em cinza, talvez renasçamos do lodo que produzimos.




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